"Como lidar com o fim do home office para os pets após a pandemia"

O (triste) fim do home office para os pets
Por Jade Petronilho -
8 de outubro de 2021

O fim do home office para grande parte dos humanos agora tende a impactar a vida dos pets novamente. Aqueles que foram adotados durante a quarentena e sempre estiveram ao lado da família quase que o tempo todo podem sofrer com essa mudança abrupta na rotina e não há de ser muito diferente para aqueles que já tinham um dia a dia mais solitário e pacato e, de uma hora para outra, se verão assim mais uma vez.
Mudanças repentinas na vida dos animais costumam ser um tanto quanto caóticas, especialmente porque eles não têm o mesmo entendimento que nós. Para eles, não faz o menor sentido aqueles humanos que estavam 24 horas por ali durante mais de um ano simplesmente acordarem um dia de manhã, sumirem por horas e, posteriormente retornarem como se não tivesse acontecido.
Pior ainda: esses humanos podem chegar oito ou 10 horas depois e ainda darem uma bronca no pet por terem encontrado algo que não lhes agradou, fazendo com que o animal associe essa chegada a algo ruim e não associando ao xixi no tapete, ao móvel roído ou ao sofá desfiado.
Lidar com essa nova realidade requer paciência e entendimento por parte dos tutores de animais, bem como trabalhos específicos para minimizar comportamentos indesejados. Confira abaixo um pouco mais sobre esse tema:

Os cachorros no pós-isolamento
(por Luiza Cervenka)
No caso dos cães, o apego aos seus tutores foi ainda mais intenso. A dependência para comer e brincar aumentou ainda mais. Muitos cães passaram a se sentir seguros e tranquilos somente na presença do humano. Com a volta dos tutores para o ambiente de trabalho e o fim do home office, haverá uma brusca interrupção desse vínculo. Isso pode acarretar em diversas questões comportamentais. A que mais preocupa são os sintomas vinculados à angústia por separação.
É fato que os cães nunca gostaram de ficar sozinhos. Mais do que quatro horas sem seu tutor poderia parecer uma eternidade. A demonstração excessiva de euforia na chegada do humano pode ser a prova disso. Mesmo que o cachorro ficasse dormindo, quando sozinho, não queria dizer que ele estava confortável com aquela situação.

Imagine, então, agora, que um dia ele estará 24h com seu tutor e no outro pelo menos oito horas sem ele. Essa mudança brusca de rotina pode afetar demais o comportamento e o emocional do animal.
O primeiro passo é começar desde já a fazer uma mudança paulatina da rotina. Sair cada dia um pouco, deixar brinquedos para o cão interagir na ausência. Ensinar o cachorro a ficar brincando ou lambendo algo, mesmo com o tutor em casa, mas de porta fechada.
Conversar também ajuda demais. É claro que o cachorro não entende palavra por palavra do que falamos. Mas ele compreende a emoção expressa pelo nosso rosto. Pode parecer coisa de doido, mas reservar um momento para acalmar a respiração e se conectar com o cachorro é de extrema importância.
Fazer uso dos feromônios para ajudar nessa fase de adaptação pode ser bem válido.

Os gatos no pós-isolamento
(por Super Pet)
Com a chegada do home office, muitos gatos passaram a conviver mais tempo com os seus tutores, aumentando esse vínculo entre os dois. Muitos passaram a viver a rotina dos tutores, principalmente os que viviam em um ambiente com pouco enriquecimento ambiental, poucos estímulos e atividades para fazer. 
Esses gatos passaram a ter os seus tutores como o recurso mais valioso, já que nesse tempo, eles passaram a receber mais atenção, carinho e até mais comidas gostosas, e muitos deles começaram a ficar mais apegados aos tutores.
Com o fim da pandemia muitos tutores estão voltando para a sua rotina normal, que na maioria das vezes é passar o dia todo fora de casa, e essa separação abrupta e principalmente quebra da rotina, pode ser prejudicial aos gatos.
Como fazer para que essa separação não seja tão impactante para os gatos?

Se possível, volte gradualmente ao seu trabalho, ou promova saídas curtas e propositais, para que eles comecem a se acostumar com pequenos e rápidos momentos com a sua ausência. 
Quando eles estiverem sozinhos, deixe brinquedos educativos para que eles ocupem seu tempo e tenham coisas para fazer (principalmente caçar), fazendo assim uma associação positiva com o momento de “solidão”. 
Gatos são curiosos, então traga objetos novos e que eles gostem, como caixas de papelão e arranhadores, para que eles possam ocupar o tempo explorando esses itens novos.

Veja também:

O isolamento social
Impactos do isolamento na vida dos pets
Adoção de pets na pandemia
Problemas comportamentais + vistos em gatos na quarentena 
Problemas comportamentais + vistos em cães na quarentena
O (triste) fim do home office para os pets (Você está aqui)
Abandono de pets pós-pandemia
Minimizando problemas comportamentais
Soluções Pet Games para cães e gatos 
Soluções DogHero para cães e gatos 
Bônus: tudo sobre pets e a pandemia

#cachorro #comportamento #gato #guia #pandemia

Camillo Dantas

Camillo, redator apaixonado, especialista em criar conteúdos envolventes e impactantes para o site. Viaja e estuda incessantemente para produzir textos únicos, inspiradores e precisos.

Receitas relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Go up