No Dia do Cão-guia, conheça a emocionante história de Murilo e Baduska: uma dupla inseparável que prova a importância e o amor por trás dessa relação especial.

Conheça a história do Murilo e da Baduska no Dia do Cão-guia

No dia 26 de abril é comemorado o Dia do Cão-guia, uma data que celebra a importância e o papel dos cães treinados para auxiliar pessoas com deficiência visual. E para marcar essa data tão especial, vamos contar a história inspiradora de Murilo e Baduska, uma dupla inseparável que trabalha juntos e compartilha uma forte ligação de amor e confiança.

Uma experiência emocionante

Murilo trabalha na área de Relacionamento do Instituto Magnus e há quase três anos adotou a Baduska, uma linda Labradora que além de ser sua companheira de todas as horas, também é sua cão-guia. Ele descreve a primeira vez que a viu: “Foi uma das experiências mais emocionantes da minha vida! Lembro que estava aguardando e aí bateram na porta. Eu só sabia o nome dela e quando eu chamei, ela veio como se a gente já se conhecesse há uma eternidade. Ali, eu já pude saber o quanto ela é carinhosa e companheira… uma experiência indescritível!”

A partir desse momento, Murilo e Baduska iniciaram uma jornada juntos, cheia de aprendizados e descobertas. Eles são uma prova viva de que a relação entre um cão-guia e seu tutor vai muito além de um simples treinamento, é uma conexão baseada em amor e confiança.

Uma vida sem visão

Murilo nasceu com glaucoma congênito, uma doença que o fez perder a visão aos poucos. Ele conta que aos cinco anos perdeu a visão do olho esquerdo e com 18 anos perdeu quase toda a visão do olho direito. Desde então, a vontade de ter um cão-guia só foi crescendo. Murilo sempre gostou e teve cachorros em casa e durante o processo de perda da visão, acompanhava filmes, documentários e tudo que saía sobre cães-guias.

Ao longo do tempo, ele chegou a procurar pessoas com deficiência visual para saber como era ter um cachorro treinado para ajudar nas tarefas do dia a dia. E a vontade de ter um cão-guia só aumentou. Até que, há três anos, ele tomou a decisão que mudaria a sua vida.

O Instituto Magnus e a adoção de Baduska

Morando próximo ao Instituto Magnus, Murilo foi convidado a participar de gravações, palestras e eventos. Foi então que ele conheceu o trabalho do Instituto e ficou sabendo que a Adimax estava construindo um centro de treinamento de cães-guias na região. Ele se inscreveu para ser um candidato a receber um cão-guia e alguns meses depois, foi chamado para fazer a avaliação e a adaptação com a Baduska.

A partir daí, Murilo e Baduska iniciaram uma jornada juntos, cheia de aprendizados e descobertas. Eles são uma prova viva de que a relação entre um cão-guia e seu tutor vai muito além de um simples treinamento, é uma conexão baseada em amor e confiança.

Instituto Magnus: local de trabalho

O novo emprego de Murilo veio um ano após a adoção de Baduska. Ele foi convidado para fazer parte do time de Relacionamento e não pensou duas vezes. “É bom trabalhar para que outras pessoas tenham a mesma oportunidade que eu tive”, afirma.

Ao trabalhar no Instituto, Murilo pôde ver de perto a importância do trabalho realizado pela instituição. Ele se sente gratificado por fazer parte de um projeto que ajuda pessoas com deficiência visual a conquistarem mais independência e autonomia.

A fase de adaptação e os aprendizados

A fase de adaptação de um cão-guia pode ser um desafio tanto para o tutor quanto para o cão. Murilo conta que no início foi um misto de emoções, pois era necessário restringir algumas atividades para que Baduska pudesse aumentar sua confiança e segurança.

Porém, com o passar do tempo, a relação entre eles foi se fortalecendo e Murilo pôde perceber a importância de ter um cão-guia ao seu lado. Ele conta uma história que marcou sua vida: “Um dia, eu e Baduska estávamos saindo para trabalhar, mas logo depois de abrir a porta, a cachorra começou a agir como se houvesse um obstáculo logo à frente. Como eu não detectei nenhum perigo, tentei continuar caminhando, mas Baduska insistia em fazê-lo parar. Foi então que percebi que uma das ruas estava completamente alagada. Baduska ainda não havia sido treinada para agir em situações como essa, mas mesmo assim ela percebeu o perigo e tentou me mostrar, da maneira que ela sabia, que algo estava errado. Foi aí que eu entendi que ter um cão-guia vai muito além de ter um cachorro que desvia de obstáculos. É ter alguém cuidando de você o tempo todo”.

A importância do cão-guia na socialização das pessoas cegas

Murilo também destaca a importância do cão-guia para a socialização das pessoas com deficiência visual. Ele conta que, desde que começou a sair acompanhado de Baduska, as pessoas se aproximam muito mais, fazem perguntas e até mesmo se tornam amigas. Ele acredita que a presença do cão-guia é uma porta de entrada para que as pessoas possam ver além da deficiência e enxergar a pessoa por trás dela.

“É diferente quando o pessoal vê a gente de bengala e quando vê com um cão-guia”, finaliza Murilo.

Curiosidades sobre cães-guias

• Os primeiros cães-guias foram treinados para auxiliar pessoas com deficiência visual após a Primeira Guerra Mundial;
• O processo de treinamento de um cão-guia pode levar de 6 a 8 meses;
• Os cães-guias são treinados para auxiliar nas atividades do dia a dia, como atravessar ruas, subir e descer escadas, identificar obstáculos e até mesmo buscar objetos;
• Algumas das raças mais utilizadas como cães-guias são o Labrador Retriever, Golden Retriever e Pastor Alemão;
• Ao adotar um cão-guia, o tutor passa por um processo de adaptação e treinamento para aprender a conviver com o animal e tirar o melhor proveito dessa relação;
• Os cães-guias são treinados para ignorar outros animais, como gatos e outros cães, e se concentrar apenas nas tarefas de guiar seu tutor;
• O cão-guia recebe um colete e um distintivo que o identifica como um animal de serviço, permitindo assim que ele possa entrar em lugares públicos e estabelecimentos;
• Os cães-guias são considerados animais de serviço e têm direito a livre acesso em locais públicos e estabelecimentos, assim como os cães de assistência emocional e os cães de alerta médico;
• Os cães-guias são treinados para não latir, a menos que seja uma situação de emergência;
• A cada ano, cerca de 100 cães-guias são treinados e distribuídos pelo Instituto Magnus;

A importância do cão-guia para os deficientes visuais

Ter um cão-guia é muito mais do que ter um companheiro para auxiliar nas tarefas do dia a dia. Para as pessoas com deficiência visual, ter um cão-guia significa ter mais independência, segurança e confiança. Além disso, a presença do animal também ajuda na socialização e quebra de preconceitos e estereótipos.

Os cães-guias são treinados para serem os olhos de seus tutores e isso é algo que vai muito além de um simples treinamento. É uma relação de amor e companheirismo que só quem tem um cão-guia pode entender.

Conclusão

O Dia do Cão-guia é uma data que merece ser celebrada e lembrada por todos. É uma oportunidade de conhecer mais sobre a importância e o papel desses animais na vida de pessoas com deficiência visual. E a história de Murilo e Baduska é um exemplo inspirador de como essa relação pode mudar vidas e mostrar que, independente de qualquer deficiência, somos todos iguais e merecemos respeito e inclusão.

Ao adotar um cão-guia, o tutor não só ganha um parceiro para auxiliá-lo nas tarefas do dia a dia, mas também um amigo fiel que estará sempre ao seu lado, guiando-o pelo caminho certo e trazendo mais alegria e amor para sua vida.

E você, já conhecia a história do Murilo e da Baduska? Conte para nós nos comentários e aproveite para compartilhar essa história inspiradora com seus amigos e familiares. E lembre-se, sempre respeite e trate com carinho os cães-guias e seus tutores quando os encontrar por aí.