"Pet Comportamento: especialistas reunidos em congresso sobre comportamento canino e felino"

Pet Comportamento reúne grandes nomes do comportamento canino e felino
Por Luiza Cervenka -
25 de agosto de 2022

Entre os dias 17 e 19 de agosto ocorreu o Pet Comportamento, congresso dedicado exclusivamente ao comportamento de cães e gatos, durante a Feira Pet South América.
Só sobre gatos, foram seis palestras. Sobre cães, mais oito. Foram diversos os assuntos abordados. Vamos aos principais temas levantados.
Reprodução: Instagram/PSA2022
O que rolou sobre os gatos?
Agressividade é algo recorrente entre tutores de cães e gatos. Mas quando falamos sobre felinos, isso é ainda mais angustiante. Tudo pela fama antiga e arcaica de serem imprevisíveis e independentes.
Mas, muitas vezes, os próprios tutores podem facilitar comportamentos tidos como agressivos, como as brincadeiras com as mãos. Deixar o gato arranjar coisas para caçar, também pode sobrar para pernas e pés. Por isso a importância de propiciar atividades para expressar comportamentos naturais.
E tudo isso dentro de casa. Nada de deixar o gato dar aquela voltinha. Sei que é comum em outros países, que muitos pensam que é “seguir a natureza do gato”, mas há muito em risco. Briga, envenenamento, fuga, atropelamento e doença (incluindo zoonoses) podem acontecer com gatos que saem de casa. Será, então, que vale a pena permitir que eles tenham acesso à rua? 
Se você tem gatos que brigam, ter um espaço maior diminui os conflitos. Nesse caso, a área externa faz a diferença. Mas tem como resolver isso dentro de casa mesmo. Primeiro é diminuir o acesso às áreas de conflito. Corredores, portas e passagens podem ser o terror. 
Por isso, o ideal é ter ilhas ou territórios separados para os gatos, sem que eles precisem se encontrar pela casa. Outra opção é a verticalização dos espaços, com a gatificação. Vale lembrar que nem todo gato precisa de um “irmãozinho”. Alguns adoram ser filhos únicos.
E na hora de levar ao médico-veterinário? Sim, precisa ir todos os anos. Não só para fazer as vacinas, mas também para passar por checkup. Gatos são reis em esconder dores e desconfortos. Mas tem todo um cuidado para isso. A caixa de transporte deve ser um local de segurança, como uma toca em casa. O uso de feromônio é necessário em mantinha dentro da caixa e outro cobrindo. O que os olhos não vêem, o gato estressa menos.
Para quem quer um novo bebê gato, há a possibilidade de adotar ou comprar. A adoção, infelizmente, ainda é rodeada por mitos. O maior deles é que não saberá qual será o temperamento do gato. É aí que a socialização do filhote faz a diferença.
Quando é feito um trabalho antes mesmo da adoção, com o peludo ainda no abrigo, facilita a associação positiva com humanos, aumentando as chances de adoção. Se mesmo assim a opção for pela compra, estudo muito bem as raças. Cada uma tem seu temperamento, comportamento e fragilidades clínicas.
E sobre os cães?
Na parte dos cães, diversos assuntos foram abordados, como, por exemplo, a importância da brincadeira, não apenas para filhotes. É durante a interação com brinquedos que os cães relaxam e lidam com possíveis estresses do dia.
Essa atividade pode acontecer sozinho com um brinquedo, só com o tutor ou com o tutor e um brinquedo. O importante é não deixar de brincar diariamente. Mas nada de ficar só na bolinha. Tem muitas outras formas mais legais, como o cabo de guerra.
Um dos possíveis problemas de brincar só de bolinha é aumentar as chances de dores articulares. Inclusive diversas alterações de comportamento podem ser motivadas por dores e desconfortos.
Por isso, o profissional do comportamento deve estar atento a qualquer sinal de que algo não vai bem. Mas os tutores também devem ficar alertas e levar o pet ao veterinário pelo menos uma vez por ano. Não só para fazer as vacinas anuais, mas para um checkup. Tudo isso com um manejo pet friendly.
Ou seja, com muito cuidado, sem que o cão seja contido ou fique com medo. Nada de focinheira de plástico, mesmo se o cão for bravo. A mais indicada é o estilo cesta. Mas o treino deve começar em casa, não é algo que deve aparecer somente no consultório veterinário.
Se o cão não está bem, muito angustiado, talvez o melhor seja voltar outro dia. Respeitar os limites do cão ajudará principalmente nas próximas vezes que ele precisar ir ao veterinário. Não vamos criar um trauma, né?!
Angústias, medos e ansiedades aumentaram em frequência e intensidade durante a pandemia de COVID-19. Em humanos e cães. O isolamento social e a proximidade de cães e tutores pode ser um dos motivos. Uma medida simples pode melhorar e muito a qualidade de vida do cão: passear todos os dias. Mas não se esqueça também da brincadeira, tá?!
Mesmo se o cachorro for idoso, todos esses cuidados devem ser mantidos. Nada de achar que velhinhos ficam só dormindo. Se eles não querem brincar, passear ou exercer atividades que antes gostavam, algo não está bem. Pode ser dor. Melhor levar ao médico-veterinário.
Aqui é só um resumo de todos os conteúdos maravilhosos que foram passados em três dias de evento. Poderia passar laudas e laudas contando cada detalhe. Mas quem sabe em breve não volto com mais informações?!

#colunista #YesPets

Camillo Dantas

Camillo, redator apaixonado, especialista em criar conteúdos envolventes e impactantes para o site. Viaja e estuda incessantemente para produzir textos únicos, inspiradores e precisos.

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