"Comportamento de cães: ansiedade, medo e agressividade podem ser influenciados pela genética, aponta estudo"

Comportamento de cães: ansiedade, medo e agressividade podem ser influenciados pela genética, aponta estudo

Muitos tutores de cães já se depararam com comportamentos que podem ser considerados problemáticos, como ansiedade, medo e agressividade. Mas será que esses comportamentos são apenas uma questão de educação e socialização ou podem ter influência genética? Um estudo realizado pela Universidade de Helsinque, na Finlândia, aponta que a genética pode sim ser um fator determinante no comportamento desses animais.

A importância de cuidar da saúde emocional dos pets

Assim como acontece com os seres humanos, os cães também podem apresentar problemas psicológicos, como ansiedade e medo. Estudos apontam que metade da população mundial terá algum tipo de problema psicológico relacionado ao humor até os 40 anos de idade. Por isso, é importante que os tutores fiquem atentos à saúde emocional dos seus pets.

Além disso, problemas de comportamento podem afetar diretamente a qualidade de vida do animal, causando estresse e até mesmo problemas de saúde física. Por isso, é fundamental entender os fatores que podem influenciar esses comportamentos, incluindo a genética.

O estudo realizado pela Universidade de Helsinque

O estudo finlandês convidou 13.715 tutores de cães para classificarem o comportamento de seus pets em diferentes temas, como sensibilidade ao ruído, medo geral, hiperatividade ou impulsividade, agressão e ansiedade de separação. O resultado revelou que 72% dos cachorros já haviam demonstrado pelo menos uma vez um desses comportamentos.

Entre os comportamentos mais comuns, o medo de ruídos foi o mais citado pelos tutores, seguido pelo medo de outros cães e de estranhos. O estudo também mostrou que alguns comportamentos podem estar relacionados à idade do animal, como a sensibilidade ao ruído, que tende a aumentar com o passar dos anos.

Além disso, o estudo apontou diferenças entre os comportamentos de machos e fêmeas. Os machos apresentaram maior probabilidade de agressão, enquanto as fêmeas apresentaram um índice maior de medo. Esses dados indicam que a genética pode ter influência nos comportamentos de cães.

As raças mais predispostas a comportamentos específicos

Um dos resultados mais interessantes do estudo foi a relação entre raça e comportamento. Alguns cães apresentaram maior predisposição a determinados comportamentos, o que indica que a genética pode ser um fator determinante nesses casos.

Entre as raças mais sensíveis a ruídos, estão o Wheaten Terrier, o Collie e o Staffordshire Bull Terrier. Já o Labrador Retriever, o Bernese Mountain Dog e o Pastor Alemão não são tão afetados por barulhos intensos.

No que diz respeito ao medo de estranhos, o Pastor de Shetland, o Schnauzer e o Bernese Mountain Dog foram apontados como as raças mais propensas. Enquanto isso, o Border Collie, o Wheaten Terrier e o Staffordshire Bull Terrier não apresentaram medo em relação a pessoas desconhecidas.

Em relação à hiperatividade, os campeões foram o Pastor Alemão, o Staffordshire Bull Terrier e o Border Collie. Já as raças que demonstram mais autocontrole e são avessas a grandes agitações são o Terrier de Trigo, o Schnauzer e o Collie.

No quesito agressividade, o Schnauzer, o Pastor Alemão e o Border Collie foram os campeões em "pavio curto". Já o Labrador Retriever, o Collie Pelo Curto e o Staffordshire Bull Terrier se destacaram por terem um comportamento mais pacífico em relação a estranhos.

Vale lembrar que, independentemente da influência genética, o comportamento do cachorro é diretamente impactado pela educação e socialização que recebe. Por isso, é fundamental que os tutores estejam sempre atentos e busquem ajuda profissional quando necessário.

10 perguntas e respostas sobre a influência genética no comportamento dos cães

1. Como o estudo foi realizado?

O estudo foi realizado pela Universidade de Helsinque e contou com a participação de 13.715 tutores de cães, que responderam um questionário sobre o comportamento de seus pets.

2. Quais foram os comportamentos avaliados no estudo?

O estudo avaliou sensibilidade ao ruído, medo geral, hiperatividade ou impulsividade, agressão e ansiedade de separação.

3. Qual foi o resultado do estudo?

O estudo apontou que 72% dos cães já haviam apresentado algum desses comportamentos.

4. Quais foram os comportamentos mais comuns entre os cães avaliados?

Os comportamentos mais comuns foram medo de ruídos, medo de outros cães e medo de estranhos.

5. A idade do animal influencia no comportamento?

Sim, o estudo mostrou que alguns comportamentos podem estar relacionados à idade do animal. Por exemplo, a sensibilidade ao ruído tende a aumentar com o passar dos anos.

6. Existem diferenças entre os comportamentos de machos e fêmeas?

Sim, o estudo apontou que os machos têm maior probabilidade de apresentar comportamentos agressivos, enquanto as fêmeas apresentam um índice maior de medo.

7. A genética pode influenciar no comportamento dos cães?

Sim, o estudo mostrou que há uma relação entre raça e comportamento, indicando que a genética pode ser um fator determinante em alguns casos.

8. Quais são as raças mais sensíveis a ruídos?

As raças mais sensíveis a ruídos são o Wheaten Terrier, o Collie e o Staffordshire Bull Terrier.

9. Quais são as raças mais propensas ao medo de estranhos?

O Pastor de Shetland, o Schnauzer e o Bernese Mountain Dog foram apontados como as raças mais propensas ao medo de estranhos.

10. O comportamento do cão é determinado apenas pela genética?

Não, o comportamento do cão é impactado por diversos fatores, incluindo a educação e socialização que recebe.

Curiosidades sobre a influência genética no comportamento dos cães

Além dos resultados do estudo, existem outras curiosidades interessantes sobre a influência genética no comportamento dos cães. Confira algumas delas:

• Algumas raças foram criadas com características específicas, o que pode influenciar no comportamento. Por exemplo, o Pastor Alemão foi criado para ser um cão de guarda, o que pode explicar a predisposição à agressividade.
• A genética também pode influenciar na personalidade dos cães. Por exemplo, algumas raças são conhecidas por serem mais dóceis e afetuosas, enquanto outras são mais independentes e reservadas.
• Alguns comportamentos podem ser considerados instintivos e, portanto, podem ter influência genética. Por exemplo, a predisposição de algumas raças a pastorear ou caçar.
• A genética também pode influenciar na capacidade de aprendizado dos cães. Alguns são mais facilmente treináveis do que outros, o que pode ser determinado pela genética.

Dicas para lidar com comportamentos problemáticos

Se o seu cão apresenta comportamentos que podem ser considerados problemáticos, como ansiedade, medo ou agressividade, é importante buscar ajuda profissional. Um veterinário ou um especialista em comportamento animal podem ajudar a identificar as causas e encontrar soluções para esses comportamentos.

Além disso, é importante que o tutor esteja sempre atento ao comportamento do seu pet e trabalhe na sua educação e socialização desde cedo. Isso pode ajudar a prevenir problemas futuros e garantir uma convivência harmoniosa entre o animal e sua família.

Outra dica importante é não reforçar comportamentos inadequados, como agressividade. Isso pode piorar a situação e tornar o animal ainda mais problemático. Se necessário, busque ajuda profissional para trabalhar esses comportamentos de forma adequada.

Lembre-se sempre de que a saúde emocional dos cães é tão importante quanto a sua saúde física. Portanto, cuide bem do seu pet e esteja sempre atento às suas necessidades e comportamentos.