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Tudo o que você precisa saber sobre: acupuntura veterinária
Por Marina Rodrigues -
15 de junho de 2022
Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre a acupuntura em algum momento da sua vida, mas a maioria da população não sabe muito bem sobre essa filosofia milenar e como ela pode ajudar nossos peludos a se recuperarem de algumas enfermidades.
Por este motivo, preparamos um conteúdo sobre o que você precisa saber sobre o mundo da Acupuntura Veterinária e seus inúmeros benefícios. Vem conferir!
Breve histórico
A acupuntura faz parte da Medicina Tradicional Chinesa, ela não se trata apenas de uma vertente da medicina, mas é também filosofia e cultura. É uma prática milenar originada há quatro mil anos que mistura visão de mundo daquela época, a comparação dos órgãos do corpo com as estações do ano e com o funcionamento da natureza. Consiste na estimulação de pontos do corpo, chamados acupontos, responsáveis por conduzir energia pelo organismo, por meio dos canais ou meridianos energéticos do corpo.
Nos animais, foi descoberto um tratado sobre o assunto, com idade aproximada de três mil anos, mas só a partir da década de setenta que a acupuntura se tornou parte da rotina veterinária, pois foi nessa época também que foram iniciados os estudos científicos para comprovar os efeitos da técnica.
Atualmente, há quem seja cético quanto a acupuntura, entretanto, temos inúmeros casos de pacientes que melhoraram sua expectativa de vida, bem como enfermidades com o auxílio da acupuntura, além disso, já podemos ver estudos científicos na área, que explicam a fisiologia do agulhamento e contribuíram para o avanço nas técnicas.
Afinal, como é a prática da acupuntura?
Basicamente, o corpo do pet possui meridianos ou canais energéticos espalhados e acessamos esses meridianos por meio dos acupontos, os pontos de acupuntura em si. O acuponto é uma região da pele que apresenta grande concentração de terminações nervosas que se comunica diretamente com o sistema nervoso, fibras musculares, tendões e articulações. Ao agulhar essa região, ocorre o estímulo para a medula espinhal por meio dos nervos que passam próximos daquele local, a resposta a esse estímulo é a liberação de células do sistema imune (principalmente mastócitos) e mediadores inflamatórios ao longo dos canais e seus efeitos são: cicatrização, manutenção das funções imunes e estímulo a processos inflamatórios. Além disso, induzem a produção de analgésicos endógenos (“fabricados” pelo próprio organismo) e endorfinas, que causam sensação de bem-estar.
Um dos princípios da Medicina Chinesa é não permitir que a energia fique estagnada. O corpo e mente precisam estar em equilíbrio para não haver o desenvolvimento de uma enfermidade. Todas as técnicas se baseiam nesse princípio de fluir a energia ao longo dos canais, pois a estagnação gera desequilíbrio.
No total, até o momento, o corpo é composto de 14 canais ou meridianos denominados: pulmão, rim, baço, fígado, intestino grosso, intestino delgado, estômago, coração, pericárdio, bexiga, vesícula biliar, vaso governador, vaso concepção e triplo aquecedor. Cada um deles apresenta seus respectivos acupontos.
Principais técnicas
Com o avanço nos estudos e pesquisas, permitiu-se com que houvesse o aprimoramento das técnicas de acupuntura. As principais são:
Agulhamento: que seria a aplicação das agulhas nos acupontos;
Eletroacupuntura: utilização de aparelhos eletrônicos que promovem estímulos mais intensos que o agulhamento, podendo ser acoplados nas próprias agulhas;
Farmacopuntura: é a prática de injetar pequenas doses de medicamentos em pontos de acupuntura, com o intuito de potencializar a ação do remédio e reduzir possíveis efeitos colaterais;
Moxabustão: é o estímulo do acuponto por meio do calor. Utiliza-se o bastão de Artemísia, uma erva com diversas propriedades terapêuticas, sob a agulha inserida no ponto ou na pele, na região do acuponto;
Massageamento de pontos: nada mais é do que o estímulo do ponto pela pressão dos dedos. Essa técnica é utilizada em situações onde não há agulhas disponíveis e servem para aliviar sintomas urgentes
Quando utilizar?
O uso da acupuntura é muito abrangente, na medicina veterinária, é amplamente utilizada em casos de dor e doenças crônicas, além de auxiliar em problemas comportamentais dos pets. Também associada a tratamentos com medicamentos, promovendo a redução da dose do fármaco, uma ótima aliada na prevenção e cuidados paliativos.
Separamos uma lista de indicações da acupuntura:
Problemas ortopédicos;
Sequelas neurológicas de cinomose;
Problemas digestivos;
Doença renal crônica e aguda;
Problemas cardíacos;
Problemas de coluna como a hérnia de disco;
Artrites e artrose;
Incontinência urinária;
Problemas respiratórios;
Dores crônicas e agudas;
Epilepsia;
Paralisia de membros;
Problemas comportamentais como ansiedade e agressividade;
Entre outros
Quando não utilizar?
Mesmo com poucas contra indicações, é necessária uma certa cautela quanto à prática da terapia. É contra indicado utilizar as técnicas em animais imunossuprimidos, muito debilitados, prenhes, com problemas de coagulação, em áreas de tumores cutâneos, dermatites e em casos de problemas cardíacos graves.
Para saber os pontos ideais do tratamento, é preciso realizar uma anamnese detalhada, exame físico e diagnóstico, para assim instituir os acupontos necessários. Apenas o médico-veterinário especializado pode realizar as sessões, variando de uma a duas vezes na semana, dependendo do caso. Busque um profissional certificado, pois como visto, é imprescindível o domínio da técnica para que a terapia seja efetiva.
Agora que você já está inteirado sobre o que é a Acupuntura Veterinária, suas técnicas e principais usos, acesse o Blog da Pet para mais dicas sobre saúde dos pets!
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