Petlove: 19 anos de história, tecnologia e amor pelos pets

Petlove: 19 anos de história

Fundada pelo médico veterinário Marcio Waldman, Pet completa 19 anos
Por Jade Petronilho -
12 de junho de 2018

Marcio Waldman rompeu barreiras em sua família quando, a contragosto do pai, decidiu estudar medicina veterinária. “Naquela época, ele já achava que ser médico veterinário era algo para mulheres, homens deveriam estudar direito, engenharia ou medicina humana”, conta o CEO e Founder da Pet.
Marcio, que até então não havia tido pets, se contentava em fazer carinho e brincar com cachorros que encontrava pela rua, mas logo mostrou aos seus pais que aquela paixão poderia dar certo. Assim que conquistou seu diploma, ele montou uma clínica no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, onde atendia seus pacientes peludos, vendia produtos e oferecia o serviço de banho e tosa – algo não tão comum para a época.
Formado pela USP no ano de 1988, ele teve como primeiro paciente um poodle de uma amiga de sua mãe, que posteriormente virou seu. “Meu pai não aceitava animais em casa, mas quando fui vacinar o Happy e soube que sua tutora não podia mais cuidar dele, prometi que daria um jeito e que ficaríamos com ele… perdi minha mesada e meu carro quando o levei para casa, mas semanas depois, ele já tinha conquistado todo mundo”, recorda.  

Apaixonado por pets, muito curioso por tecnologia
“Aficcionado por tecnologia”, como ele mesmo se define, em paralelo ao mundo da medicina de animais, Waldman se dedicava ao meio tecnológico, tendo tido participação ativa na criação do Sisvet, primeiro software de gerenciamento de clínicas veterinárias e pet shops do Brasil.
Com seus primeiros computadores, Marcio fazia inúmeros testes e não hesitava em ir atrás de informação. No início da década de 90, contava com recursos como a Super Highway e a Internet discada para descobrir o que acontecia pelo mundo, até que sua vida mudou entre 1997 e 1998.
“Frequentemente eu levava um grupo de médicos veterinários para uma conferência da área em Orlando e, em uma dessas feiras, vi um rapaz sozinho, sentado, apenas com um notebook na mão. Fui conversar com ele para saber o que ele estava vendendo e logo ele me disse que buscava um investidor para o primeiro e-commerce para pets nos EUA. Vi naquilo uma enorme oportunidade e voltei para o Brasil com o propósito de criar algo similar”, relembra.

Primeira loja online dedicada para tutores de pets
Por sorte ou destino, em 1999, a Internet comercial no Brasil ganhou força e Marcio buscou uma forma de criar a loja online que tanto queria. Para isso, alugou uma plataforma, comprou o domínio “PetSuperMarket” e começou a anunciar os produtos que vendia em seu pet shop, mas seis meses se passaram e nenhuma venda foi realizada.
Decidido a seguir em frente, o médico veterinário trocou de plataforma e no primeiro mês, concluiu dois pedidos, que foram pagos por boleto bancário e entregues pelos Correios. “Neste pouco tempo, cresci em 200%”, se diverte mostrando seu lado otimista.
Com problemas no sistema, o pet shop online ficou fora do ar por 15 dias seguidos, passando por três outras alternativas de hospedagem sem sucesso. “Aquelas plataformas não escalavam, precisava de algo que me trouxesse mais retorno. Foi quando, em 2004, entrei para o Fastcommerce e comecei a vender mais”, afirma.

A concorrência poderia ameaçar, mas viraram parceiros
No ano seguinte, porém, surgiu em São Paulo, o Pet Center Marginal, uma loja diferente na cidade, que concentrava produtos e serviços num só lugar. “Com a chegada deles, perdi muitos clientes, mas aumentei o volume das vendas pela Internet e acabei fechando minha clínica. Passei de um imóvel com mais de mil metros quadrados no centro da cidade para um escritório de pouco mais de 100 metros quadrados. Entre 2005 e 2010, passamos muita dificuldade. O negócio não decolava, eu tinha a ajuda de minha família para administrar o site e eu mesmo é quem fazia as entregas em São Paulo para poder economizar”, revela ele que hoje é dono do maior e-commerce para pets do Brasil.
Waldman, então, procurou seu concorrente, que lhe recebeu bem. “Fiz um acordo com o Pet Center, eles me vendiam com desconto e eu podia facilitar o pagamento para meus clientes online. Diante disso, a partir de 2010, tudo melhorou. As vendas aumentaram muito e percebi que não tínhamos mais a barreira de confiarem (ou não) em fazerem compras pela Internet”, reconhece.
Fundos de investimento apostaram na ideia
“No ano de 2011, vendemos quatro milhões de reais e, foi aí que surgiram três fundos interessados em ajudar a PetSuperMarket a ser a loja online para pets referência no nosso país – o que hoje somos”, celebra.
Reposicionamento da marca
PetSuperMarket era uma homenagem à loja de mesmo nome, muito popular nos Estados Unidos. Este nome, porém, não tinha uma boa adesão no Brasil e, com isso, no dia 12/06/2012, foi anunciada a nova marca Pet, título que segundo o fundador da marca, se adequa totalmente aos valores atuais de seu pet shop.

A Pet que hoje conhecemos
Entre 2011 e 2018, Marcio relata que sua loja cresceu cerca de 50 vezes, indo de seis funcionários da PetSuperMarket às 240 pessoas hoje envolvidas na Pet. “Saímos de um escritório de 250 metros quadrados para um centro de distribuição de 10 mil metros quadrados em Extrema, 2 mil metros quadrados em Itajaí, 2 mil metros quadrados no Recife e um escritório de 1.500 metros quadrados em São Paulo”, contabiliza.
Seu acordo com o Pet Center Marginal se desfez com a entrada dos investidores em 2011 e hoje, a empresa quase não trabalha mais com a intermediação de distribuidores. “Em 99,7% dos casos, compramos diretamente do fabricante, por isso garantimos um preço tão bom para nosso consumidor”, anuncia o CEO.

A Pet do futuro
Pioneira em seu segmento, a Pet visa facilitar a vida do consumidor. De acordo com Marcio Waldman, a intenção da marca é “cuidar melhor do seu pet com menos trabalho para os tutores e mais inteligência, fazendo cada vez mais por eles e facilitando a vida do consumidor”. Com a tagline “Alegria na Sua Casa”, a Pet trabalha com mais de 10 mil itens e a tendência é expandir cada vez mais.
Marcio Waldman e seus pets
Depois de Happy, cachorrinho que citamos no início deste texto e que faleceu com 18 anos de idade, Marcio nunca mais ficou sem ter pelo menos um pet em casa. Hoje ele tem a companhia de Milu, uma gatinha de 16 anos de idade, e de Gatinho, felino de seis meses, recentemente adotado por sua família.
O médico veterinário que antes se concentrava exclusivamente aos atendimentos clínicos e de cardiologia deixou essa parte de lado, se dedicando cada vez mais ao mundo da tecnologia.

Camillo Dantas

Camillo, redator apaixonado, especialista em criar conteúdos envolventes e impactantes para o site. Viaja e estuda incessantemente para produzir textos únicos, inspiradores e precisos.

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