Petlove e Unit Pets unem forças para ajudar na doação de Marvin, o cachorro especial da ONG Cão Sem Dono. Conheça essa emocionante história de amor e superação!

Pet e Unit Pets ajudam na doação de Marvin, cachorro especial da ONG Cão Sem Dono
Por YesPets -
28 de janeiro de 2020

Uma história de adoção é uma história de amor.  
E hoje a gente tem o imenso prazer de compartilhar a história de amor do Everton Holanda e do Marvin, um valente Vira-Lata de aproximadamente cinco anos de idade. A história é surpreendente, com direito a tentativas frustradas de adoção, participação da ONG Cão Sem Dono, viagem de seis mil quilômetros, surpresa pra família e a realização de um sonho antigo.
Antes de contar como o destino uniu o Everton e o seu novo amor canino, é preciso contar um pouco sobre a história do Marvin, que recebeu esse nome na ONG e, segundo a própria, poderia se chamar Marvin Superação. O cachorro foi atropelado em julho de 2017 em uma rodovia de São Paulo e, após agonizar o dia inteiro no acostamento, foi resgatado pela ONG Cão Sem Dono que acolheu o bichinho e ofereceu a ele toda ajuda necessária para que o bichinho se recuperasse do grave acidente. Infelizmente, Marvin teve que amputar as duas patas traseiras, mas nem de longe isso o impediu de ser um cão ativo e feliz.

Abaixo você confere um vídeo sobre a trajetória dele:

Vicente Neto, Diretor da ONG Cão Sem Dono, conta que foram necessárias três intervenções cirúrgicas para manter o animal com vida. “Gastamos cerca de R$ 25 mil reais em cirurgia, só a primeira intervenção cirúrgica custou R$ 6 mil”. Sem as patas traseiras, Marvin conseguia se deslocar utilizando saco de arrasto, a ONG bem que tentou fazer com que ele utilizasse cadeiras de rodas, mas nenhuma das tentativas havia dado certo.

Louco por animais
Everton Holanda mora com a família em Mossoró (RN), é turismólogo e corretor de imóveis. A paixão por animais vem desde cedo e ele se considera louco por bichos, ao ponto de já ter criado alguns exóticos e silvestres – hoje, ele compreende o erro cometido. “Desde criança eu sou fascinado por animais. Pra você ter uma ideia eu já criei de tudo: sagui, pavão, gavião, galinha… E não foi em sítio, não, tudo em casa mesmo. Depois de adolescente foi que eu tive somente cães”.
Em 2018, Victor, um de seus filhos, chegou em casa com um filhote de Pitbull, o Bradock, com quem Everton faz questão de passear todos os dias e principalmente aos domingos, na praça perto de casa, que recebe os animais da vizinhança. Com a chegada do novo xodó, o mossoroense doido por animais começou a seguir diversas páginas sobre cães para saber mais sobre a raça e, inclusive, páginas sobre adoção de animais.
“Meu sonho era adotar um cão com deficiência”
Everton não sabe explicar o motivo, mas conta que de um tempo pra cá nutria o sonho de ter em casa um cachorro com necessidades especiais. E esse desejo ficou mais forte depois da chegada de Bradock.
Foi então que no ano passado ele soube da existência do Marvin ao assistir ao vídeo acima na página da ONG, começava então uma história de amor. “Realmente foi paixão de primeira vista, o impacto sentimental foi muito grande, a ponto de eu chorar. E pensei comigo mesmo, eu vou pegar esse cão pra mim!”. Everton passou a acompanhar todas as publicações sobre Marvin e entrou em contato com a instituição para dar início ao processo de adoção.
Ele foi entrevistado, enviou fotos, informações e comprou as passagens aéreas pra buscar Marvin. Detalhe, para a família, Everton apenas comentou que tinha adotado um cachorro com deficiência, porém não contou mais nada sobre Marvin, pois queria fazer surpresa. “Em casa, a família estranhou a preferência por um cão adulto, ainda mais especial. “Raramente um cão com deficiência é adotado, e eu queria justamente ir na contramão”, disse ele.
Os mais de três mil quilômetros que separavam Everton de Marvin não foi empecilho para adoção. O nordestino foi atrás dos detalhes e contou com ajuda para superar as dificuldades de logística. Logo de cara, ele descobriu que o voo teria que ser feito pelo aeroporto de Fortaleza, pois somente lá era aceito o transporte de animais de grande porte. A Unit Pet e a Pet doaram uma caixa para o transporte IATA (padrão das Cias aéreas), que serviu tanto para o trajeto de avião quanto o de carro – de Fortaleza a Mossoró são aproximadamente 240 km de distância.
Era pra ser…
Foi por pouco que os caminhos de Marvin e Everton não se cruzaram. O valente cachorrinho por duas vezes quase foi adotado, porém, os pretendentes não atenderam aos critérios de adoção. “Houve outras tentativas de adoção, porém as condições não eram favoráveis para o Marvin. Eram casas com piscina sem cercado, perigoso para ele se afogar, ou casas com muitas escadas, moradias que não eram ideais para ele”, conta Vicente.
Por sua vez, Everton esteve muito próximo de realizar o sonho de adotar um cão especial antes de conhecer Marvin. Ele chegou a entrar com dois pedidos, um em São José dos Campos (SP) e depois outro no Rio de Janeiro, a primeira tentativa não deu certo porque as vacinas do animal não estavam em dia e a Cia aérea não permitiria o embarque, a segunda ficou pelo caminho devido ao temperamento do cachorro, que não lidaria muito bem com a presença do dócil Bradock. Mas já era um indício forte de que o sonho de Everton estava mesmo longe de Mossoró.
O grande encontro
O dia de Marvin conhecer seu futuro pai já tinha data marcada: sábado, 25 de janeiro. Everaldo já tinha planejado tudo, o voo, o aluguel de um carro maior e até uma pousada perto do aeroporto de Fortaleza para poder descansar um pouco com o bichinho, antes de encarar a estrada e finalmente chegar em casa para apresentar o novo morador à família.
Já ciente das dificuldades que teria que enfrentar desde esse dia – Marvin precisa de medicação diária para os rins e de massagem para fazer xixi -, Everaldo tinha uma preocupação específica: os passeios com Bradock. Sem uma cadeira de rodas, que Marvin não se adaptava mesmo após de diversas tentativas, seria quase impossível caminhar com os cachorros por trajetos um pouco mais longos.
Coincidência ou não, na semana que antecedeu o grande encontro, uma nova tentativa foi feita, e Marvin, que antes não saia do lugar, passou a andar alegremente com a ajuda do acessório feito sob medida. “Eu disse pro pessoal da ONG que fiquei muito emocionado ao ver o vídeo, porque ele não aceitava a cadeirinha, e vi ele passeando com a nova cadeira de rodas. Se ele não aceitasse, seria muito difícil passear com ele”, conta o turismólogo.

O primeiro encontro dos dois foi devidamente registrado pelas mídias sociais da ONG Cão Sem Dono e é notável que carinho e amor não há de faltar nessa linda história, que foi escrita mesmo com a distância de vários quilômetros. Marvin já está na casa nova, na companhia de Bradock e sua nova família. O tão aguardado passeio na praça já teve a sua primeira edição, e a partir de agora os domingos da família Holanda têm tudo para ser ainda melhores, afinal, Marvin realmente é um cachorro especial ?

Sobre a ONG Cão Sem Dono
A ONG conta com aproximadamente 500 animais para adoção, 50% deles são idosos e com baixa probabilidade de adoção. Que tal conhecer melhor o trabalho desse pessoal que não mede esforços para cuidar bem dos bichinhos que precisam de ajuda e um novo lar?
Acesse: http://www.caosemdono.com.br/
Você pode fazer doações de produtos que a ONG precisa pela Internet. Selecione aqueles que deseja enviar para a instituição e faça o pagamento, que o frete é por nossa conta!
 

#cachorro