China proíbe consumo de carne de cachorro e dá passo importante na proteção animal
China tira cachorros da lista de animais que podem ser consumidos
Quem ama pets certamente comemorou a notícia divulgada recentemente pela China: a retirada dos cachorros da lista de animais que podem ser consumidos. Essa medida é um grande avanço na luta pela proteção dos animais e demonstra a preocupação cada vez maior da sociedade em relação ao bem-estar dos pets. Neste texto, vamos falar sobre essa mudança e como ela pode impactar a vida dos cachorros no país mais populoso do mundo.
Por que os cachorros eram considerados animais para consumo?
Para entender a importância dessa decisão, é preciso conhecer um pouco da cultura chinesa. O consumo de carne de cachorro é uma tradição antiga no país, que remonta a cerca de 500 anos atrás. Acredita-se que essa prática surgiu durante períodos de escassez de alimentos, quando os chineses recorriam à carne dos cães para sobreviver.
No entanto, essa tradição foi se perpetuando ao longo dos séculos e se tornou uma prática comum em algumas regiões da China. Além disso, a crença de que a carne de cachorro tem propriedades medicinais e afrodisíacas também contribui para a sua demanda.
O que mudou?
Apesar de ser uma tradição enraizada na cultura chinesa, o consumo de carne de cachorro sempre foi alvo de críticas por parte de ativistas e organizações de proteção animal. A pressão internacional, somada à conscientização da população chinesa, fez com que o governo tomasse uma atitude em relação a essa prática.
No dia 8 de maio de 2020, o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China atualizou o Diretório de Recursos Genéticos Para Pecuária e Agricultura, retirando os cães da lista de animais que podem ser criados, negociados e transportados para fins comerciais. Essa medida passou a valer imediatamente e é um grande passo para a proteção dos pets no país.
Qual será o impacto dessa decisão?
A retirada dos cachorros da lista de animais para consumo deve ter um impacto significativo na vida desses animais. Segundo a Humane Society Internacional, cerca de 10 milhões de cachorros são mortos todos os anos na China para serem consumidos. Com a proibição, a expectativa é que esse número diminua drasticamente, o que significa uma redução no sofrimento desses animais.
Além disso, essa medida também deve contribuir para a diminuição do comércio ilegal de cachorros. Muitos animais eram capturados nas ruas e vendidos para serem abatidos, o que gerava uma série de problemas, como o abandono e o sofrimento desses pets. Com a proibição, essas práticas se tornam ilegais e os responsáveis podem ser punidos.
Qual foi a reação da população chinesa?
Apesar da tradição de consumo de carne de cachorro, a maioria da população chinesa apoia a decisão do governo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Humane Society International, cerca de 70% dos chineses acreditam que os cachorros não devem ser criados para consumo e 64% se mostraram favoráveis à proibição.
Essa mudança é reflexo da crescente preocupação com o bem-estar animal na China. Cada vez mais, a população está se conscientizando sobre a importância de tratar os pets com respeito e amor, e isso reflete nas decisões do governo.
Curiosidades sobre o consumo de carne de cachorro na China
Com a proibição do consumo de carne de cachorro na China, algumas curiosidades sobre essa prática se tornam ainda mais interessantes. Confira algumas delas:
- O festival da carne de cachorro de Yulin, que acontece anualmente no mês de junho, era um dos eventos mais controversos do país. Agora, com a proibição, é possível que ele não seja mais realizado;
- Apesar da proibição, ainda é possível encontrar a carne de cachorro sendo vendida em alguns mercados e restaurantes na China. No entanto, essa prática é ilegal e pode ser punida pela lei;
- A carne de cachorro é considerada uma iguaria em algumas regiões da China, sendo consumida principalmente por pessoas mais velhas. Os jovens, por sua vez, estão cada vez mais distantes dessa tradição;
- O consumo de carne de cachorro não é exclusividade da China. Em países como Coreia do Sul, Vietnã e Laos, essa prática também é comum;
- Algumas raças de cachorro são criadas especificamente para consumo na China, como o cão-guaxinim e o cão-de-urso;
- Em 2019, o governo chinês classificou os cachorros como animais de companhia e proibiu a sua utilização em testes laboratoriais, demonstrando uma mudança de mentalidade em relação aos pets;
- A carne de cachorro é considerada uma fonte de proteína mais acessível em algumas regiões da China, o que contribui para a sua demanda;
- Apesar da proibição, é possível que algumas regiões do país ainda resistam em acabar com o consumo de carne de cachorro, o que demonstra que a mudança de mentalidade pode levar tempo.
Conclusão
A retirada dos cachorros da lista de animais para consumo na China é uma grande vitória para os ativistas e defensores dos animais. Essa medida representa um avanço na luta pela proteção dos pets e demonstra uma mudança de mentalidade na sociedade chinesa. Com essa proibição, milhões de cachorros serão poupados do sofrimento e terão a oportunidade de viver em um ambiente mais seguro e respeitoso.
É importante ressaltar que a decisão do governo chinês não foi tomada apenas por pressão internacional, mas também pela conscientização da população em relação ao bem-estar animal. Isso nos mostra que é possível mudar uma tradição enraizada quando há vontade e esforço para isso.
Esperamos que essa decisão sirva de exemplo para outros países e que, em um futuro próximo, o consumo de carne de cachorro seja proibido em todo o mundo. Afinal, os pets são nossos amigos e merecem ser tratados com amor e respeito.
Você sabia?
Você conhecia a tradição do consumo de carne de cachorro na China? O que achou da decisão do governo de proibir essa prática? Compartilhe sua opinião nos comentários e continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre o mundo pet.
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