"Saiba como prevenir e tratar doenças comuns do Dogue de Bordeaux"

Dogue de Bordeaux – Principais doenças
Por Beatriz Mario -
16 de janeiro de 2020

Chamando a atenção por onde passa, com seu porte gigante, rugas no rosto e pelagem avermelhada, o Dogue de Bordeaux é uma das raças de origem francesa mais antigas que existem.
Primordialmente usado como cão de caça e guarda, ele foi quase extinto na Segunda Guerra Mundial devido sua localização geográfica. Graças ao filme “Uma dupla quase perfeita”, de 1991, estrelado por Tom Hanks, a raça voltou a ser disseminada pelo mundo, sendo muito famosa até hoje. 
Por ser um cão europeu, o Dogue de Bordeaux chegou ao Brasil apenas em 1985, por isso, até hoje demonstra sua preferência ao frio e não está adaptado ao clima tropical do país, exigindo alguns cuidados principalmente no verão. Apesar do seu grande porte e força física, doenças decorrentes de seu tamanho, peso e pelagem podem aparecer ao longo de sua vida. Iremos falar delas a seguir.

Displasia da Coxofemoral
A displasia coxofemoral é um desenvolvimento anormal da cabeça do fémur e do acetábulo (quadril), trata-se de um problema congênito associado a raças de grande porte ao qual se juntam outros fatores como a obesidade, a atividade física excessiva e um crescimento rápido do cão. As articulações não se formam corretamente e o acetábulo que é a parte côncava que aloja a cabeça do fémur não a cobre totalmente. Isso pode causar dores e dificuldades para se locomover.
Além do Dogue de Bordeaux, raças como São Bernardo, Bulldog, Pastor Alemão, Labrador, Rottweiler, Mastim e Golden Retriever têm predisposição em ter a doença.
O diagnóstico é feito principalmente por exame radiográfico e alguns hábitos devem ser mudados para a melhora do quadro, como a alimentação e frequência menor de  exercício físico. A fisioterapia também é uma prática muito usada hoje em dia, que pode melhorar muito a condição do cão e fornecer qualidade de vida. 
Conjuntivite
Por conta de suas pálpebras caídas, o Dogue de Bordeaux é comumente afetado com a tão famosa conjuntivite. Um notícia boa é que a conjuntivite canina não passa para pessoas e vice-versa. Muito conhecida por ser transmissível, é difícil de haver o contágio entre os pets, já que a maioria dos casos de conjuntivite canina são causados por corpos estranhos, ressecamento dos olhos ou traumas. Mas afinal, o que é a conjuntivite? 
A  conjuntivite canina é uma inflamação na região dos olhos, afetando a mucosa das pálpebras, chamada de conjuntiva, que tem justamente o papel de proteger os olhos. Além do Dogue de Bordeaux, raças como Bulldog Francês, Sharpei, Pug e Chow Chow têm predisposição em ser acometido com a doença.
Os sintomas são facilmente identificados, vermelhidão, inchaço e secreção na região dos olhos são os principais sinais clínicos. Apesar de ser bastante comum, a conjuntivite se não tratada, pode causar cegueira no pet, por isso, a qualquer sinal de que seu cão está com problemas oculares, leve-o ao médico veterinário, ele irá diagnosticar e indicar o melhor tratamento.
Hipertermia 
Apesar de não ser uma doença e sim uma condição, a hipertermia é um assunto importante de abordar quando trata-se do Dogue de Bordeaux. Como dito acima, essa raça não está acostumada com o calor e são caracterizados como braquicefálicos (focinho curto), o que pode agravar ainda mais o quadro.
A hipertermia é uma condição perigosa que provoca um aquecimento exagerado do corpo, sendo a temperatura corporal normal dos cães 38º a 39ºC. Quando expostos a situações de calor excessivo, associadas ou não ao exercício físico intenso, o organismo pode não conseguir fazer a regulação térmica, a temperatura aumenta e se inicia um quadro de hipertermia que afeta o funcionamento dos órgãos, podendo causar morte celular e o pet vir a óbito.
Além do Dogue de Bordeaux, raças como Pug, Bulldog Francês e Shih Tzus, também têm dificuldade para fazer essa regulação de temperatura. Isso porque o “canal” nasal é mais curto, o que torna a respiração mais difícil, já que a passagem do ar apresenta maior resistência.
Os sintomas podem ser bem evidentes, como salivação excessiva, respiração ofegante, andar cambaleante e desorientado. Caso o seu cão apresente esses sintomas, o melhor a fazer é refrescá-lo lentamente para não causar choque térmico e levar imediatamente ao médico veterinário.
Outras enfermidades como dermatites e fungos são bastante comuns no Dogue de Bordeaux decorrente das suas lindas dobrinhas, portanto, sempre mantenha-as limpas e faça check-ups periodicamente com o médico veterinário para prevenir que essas doenças se manifestem.

Outras doenças que pode afetar o seu Dogue de Bordeaux:

Estenose aórtica
Hiperqueratose plantar
Hiperqueratose nasal
Entrópio e Ectrópio
Glomerulonefrite membranoproliferativa

As doenças citadas são provenientes de estudos e artigos de predisposição de certas doenças em raças. Lembrando que seu pet pode viver uma vida saudável sem ser acometido por nenhuma patologia. Entretanto, a informação e conhecimento são importantes e a qualquer sinal de anomalia com seu peludo, procure um médico veterinário.
Aqui na Pet, profissionais da medicina veterinária trabalham em conjunto para disponibilizar um portal sobre as principais doenças em cães e gatos.

#cachorro

Camillo Dantas

Camillo, redator apaixonado, especialista em criar conteúdos envolventes e impactantes para o site. Viaja e estuda incessantemente para produzir textos únicos, inspiradores e precisos.

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