"Petlove participa do dia de visita à ONG Cão Sem Dono: adoções, doações e histórias emocionantes"
Pet participa do dia de visita à ONG Cão Sem Dono
Por YesPets -
12 de fevereiro de 2020
Há 15 anos a ONG Cão Sem Dono trabalha todos os dias para oferecer uma vida melhor aos pets que precisam muito de ajuda. Atualmente, os funcionários e voluntários amparam aproximadamente 450 animais – a maior parte deles vive em um bonito sítio localizado em Itapecerica da Serra (SP), à espera de um novo lar.
O local fica aberto para visitação todos os dias, porém, a cada bimestre a ONG faz um chamado para um dia de visita especial com direito à transporte de van e café da manhã. No último domingo (09), a Pet pegou a estrada e pôde conferir de perto o trabalho, as necessidades dos cães e também conhecer as histórias das pessoas que amam e contribuem com a causa animal.
Confira como foi esse dia especial, que teve direito a adoções, doações, choro e muita diversão e brincadeiras com os cachorros.
Manhã agitada
Apesar do sol tímido e a circulação ainda baixa de pessoas, parecia que os cães já sabiam que o domingo seria bastante movimentado, pois a cada minuto a quantidade de latidos ansiosos aumentava. Passava um pouco das 10h quando duas vans vindas da capital paulista passaram pelo portão principal e estacionaram para alvoroço dos peludinhos e alegria dos visitantes, que na maioria fazia a primeira visita ao local.
Os cerca de 70 presentes receberam as boas-vindas de Vicente Neto, Diretor da Cão Sem Dono, que falou um pouco sobre o trabalho realizado pela Organização, a importância das doações e convidou todos para um café da manhã antes de iniciar as visitas.
Foto: Pet
Entre as informações dadas por Vicente, algumas merecem destaque:
A capacidade atual da ONG, que também mantém outros abrigos, está no limite.
Apesar do nome, a Organização também ampara gatos (cerca de 40).
100% dos animais não têm raça definida e a maioria está na fase adulta ou idosa.
Todos os animais recebem tratamento médico veterinário. No sítio, por exemplo, há uma médica veterinária que faz atendimentos diários.
Os cães adoentados ficam em uma área exclusiva.
O estoque atual de ração é capaz de alimentar os animais por somente três dias.
Todos os cães ficam um período ao ar livre, porém os cães com mais idade ficam soltos a maior parte do tempo.
As pessoas que não podem levar um animal pra casa, mas querem ajudá-lo, podem apadrinhar o bichinho, com contribuição mensal a partir de R$ 30.
Hora do passeio!
Houve quem pulasse o cafezinho só para poder ir logo ao encontro dos animais. E não demorou muito para que as guias disponíveis nas mãos do pessoal da ONG começassem a sumir e voltassem a aparecer em volta de cachorros eufóricos, que circulavam pelo gramado na companhia dos novos amigos humanos.
A alegria destes cães só contrastava com a angústia daqueles que ainda estavam em seus cercadinhos ansiosos para chegar logo sua vez de receber um carinho e fazer um passeio. Eles latiam e corriam de um lado para o outro sem parar. Foi difícil encontrar quem não se comovesse com as atitudes dos bichinhos.
Durante os passeios com os cãezinhos, as pessoas aproveitavam a presença dos colaboradores da ONG para perguntar mais sobre os animais, sobre a Cão Sem Dono e também como era o processo de apadrinhamento dos bichinhos.
A gente aproveitou esses momentos de interação para conversar com alguns visitantes, conhecer suas histórias e a relação que eles têm com os pets. Confira os relatos surpreendentes:
Menino pediu doação de ração como presente de aniversário
A paixão pelos animais definitivamente não tem idade pra começar. Veja só que atitude nobre teve o garoto Marcelo, filho da funcionária pública federal Silvana Lopes. Ele completou 11 anos no último sábado e ao invés de pedir presentes para si, convocou os convidados da sua festa para doarem rações aos animais.
Foto: Pet
Silvana assinava um protocolo de apadrinhamento, quando perguntei o que ela estava achando da visita. Foi aí que a funcionária pública deu seu depoimento e contou que ela e o filho fizeram questão de acordarem cedo para levar cerca de 230 kg de ração para a Cão Sem Dono. “Eu queria doar pra um lugar que eu sei que é sério. E já que ele comoveu tanta gente, eu queria que ele tivesse a experiência de ver como é o trabalho da ONG”, contou a mãe.
O menino se divertia com um cachorro, a quem chamou de Burguer, e quando perguntado de onde tinha surgido a ideia da doação, ele comentou que não estava a fim de ganhar presentes no aniversário. “Minha mãe comentou: ‘Que tal alguma ideia pra ração?’; Aí, eu falei: Que tal se no lugar de presente, a pessoa der ração?”, disse o garoto, que logo após descobriu o verdadeiro nome do seu novo amigo de quatro patas: Pancho.
Mãe e filho contaram que têm quatro gatos e duas cachorras e já que não conseguem adotar todos os animais que querem, ajudam algumas ONGs para contribuir com o bem-estar dos pets.
Ajuda no combate à depressão
O casal Celso Carminato e Sônia Sardinha foi um dos primeiros a chegar na manhã de domingo. Eles já sabiam sobre o trabalho da ONG de longa data, afinal, foi por meio dela que eles adotaram a cachorrinha Laika há três anos, numa feira de adoção promovida pela Cão Sem Dono.
Foto: Pet
Na época, Sônia, que sempre amou os caninos, procurava uma nova companhia, que também ajudasse em seu tratamento de saúde. “Foi a médica que me falou que o cachorro ajuda na depressão, mas eu até era contra cachorro em apartamento, por conta do espaço”, diz ela. Convencida sobre a adoção, ela foi ao evento promovido pela ONG e com a ajuda dos colaboradores escolheu Laika, pois ela atendia aos anseios do casal: um animal que gostasse de criança e pudesse viver bem em apartamento.
Enquanto distribuía petiscos que ela mesma levou para os peludinhos, Sônia comentou sobre como sua vida ficou melhor com a chegada de Laika, e de como uma cuida da outra. “Vou te dar um exemplo, teve um dia que eu estava com pneumonia e suspeita de duas costelas quebradas… Eu chorava de dor, desesperada, e a Laika, que nunca sobe no sofá, subiu na hora e começou a lamber o meu rosto”, relembra Sônia que sonha em ter uma casa enorme só pra conseguir ter muitos cachorros.
Amigas pela causa
Enquanto a maioria das pessoas caminhava com os cachorros pelo espaçoso sítio, duas jovens preferiam permanecer sentadas na grama “deitando e rolando” com Pepe, um simpático e alegre cãozinho, que parecia já ser um velho conhecido delas.
A advogada Nathalia Rilde já havia visitado a Cão Sem Dono em outra oportunidade, frequentemente contribui com doações e, inclusive, é madrinha de um dos cães, o Josias. Quando ficou sabendo da visita de domingo, tratou de chamar a amiga Verônica Wanaga para um passeio diferente. “Conheci a ONG recentemente, a Nathi sempre fala, ajuda, e acompanha o trabalho pelas redes sociais, e também me manda fotos do Josias”, conta a investigadora.
Nathalia conta que tem dois cachorros e, pelo amor que tem aos bichinhos, decidiu ajudar aqueles que não têm uma família e vivem em situação de abandono. Ela diz que ficou apreensiva quando fez a primeira visita. “Tive medo de vir e ficar triste, de ver cães abandonados, mas aí a gente vê que aqui eles são muito bem cuidados, que comem bem e isso me deixou muito feliz”, conta a advogada que logo em seguida foi interrompida por uma sequência de lambidas do Pepe.
Foto: Pet
Nero e Nininha foram adotados
Pra fechar o grande dia, nada melhor do que acompanhar um processo de adoção e a cara de felicidade de quem vai levar pra casa um novo filho de quatro patas pra casa.
Os primeiros que manifestaram o desejo pela adoção foram Diógenes Oliveira e sua esposa Luciana, que ficaram apaixonados pelo cachorrinho Nero, de aproximadamente um ano.
O eletricista relatou que ficou sabendo da ONG há pouco tempo pelo Facebook e foi à visita já com a intenção de adotar uma companhia para Meggy, sua filha de quatro patas. Luciana conta como foi a escolha pelo peludinho: “Foi amor à primeira vista, assim como pela Meggy. Bati o olho e amei!”.
O casal recebeu todas as informações sobre Nero, passou pela entrevista, preencheu a documentação necessária e voltou para São Paulo já com o novo integrante da família.
Fonte: Pet
Quem também estava com um sorriso largo no rosto era Andressa Moreira que, por indicação do namorado Renan, convocou a família para visitar pela primeira vez o espaço, já com a esperança de encontrar um novo amor peludinho. A mãe, Sandra, comentou aos risos que já suspeitava da adoção. “Olha, ontem teve uma certa discussão em casa porque a gente sabe que se apega aos bichinhos muito fácil… Mas ela (Andressa) me disse: ‘Não mãe, a gente só vai pra olhar’.
E o coração de mãe estava certo mais uma vez. Andressa conta que tinha passado por vários cães, mas que Nininha chamou sua atenção por logo pular na grade quando ela passou, como quem pedisse para passear. A jovem levou a cadelinha para dar uma volta e não quis saber de devolvê-la para o cercadinho. De tanta sintonia entre as duas, Andressa revelou o comentário que recebeu de uma visitante: “Teve uma moça que reparou que eu não conseguia desgrudar da Nininha e comentou: ‘Acho que foi ela que te adotou’.
Fonte: Pet
A família Moreira tem bastante experiência com pets, tanto que a casa já serviu de lar temporário para 15 gatos. Atualmente a residência conta com três felinos, que em breve terão a companhia de Nininha. Os residentes e toda família ainda terão que esperar um pouquinho, pois a peludinha precisa ser castrada e finalizar um tratamento de hérnia antes de finalmente conhecer o novo lar.
Colabore com a Cão Sem Dono
Se você ficou interessado em ajudar os cães da ONG não deixe a oportunidade passar. Toda ajuda é importante e essencial para a melhor qualidade de vida dos nossos amigos de quatro patas.
Você pode fazer doações de produtos que a ONG precisa pela Internet, basta selecionar aqueles que deseja enviar para a instituição e fazer o pagamento. O frete é por nossa conta! ?
Para outras doações, visitas, voluntariado, adoções, entre outros, entre em contato pelo Facebook ou Instagram.
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